Ó Virgem puríssima, Nossa Senhora de Lourdes, que vos dignastes aparecer a Bernadete, no lugar solitário de uma gruta, para nos lembrar que é no sossego e recolhimento que Deus nos fala e nós falamos com Ele, ajudai-nos a encontrar o sossego e a paz da alma que nos ajude a conservar-nos sempre unidos em Deus. Nossa Senhora da gruta, dai-me a graça que vos peço e tanto preciso: Nossa Senhora de Lourdes, Padroeira dos enfermos, rogai por nós. Amem!
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
Dia de Nossa Senhora das Mercês - 24 de setembro
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
ORAÇÃO CATÓLICA PARA A CURA DAS ENFERMIDADES
sobre “Oração Católica para a cura das enfermidades”, ou seja, talvez você
esteja passando por um momento de enfermidade, não é mesmo? Ou conheça
alguém que esteja doente, enfermo.
Lourdes, protetora dos enfermos, então leia este artigo até o final e deixe o seu comentário.
vida de muita enfermidade, que o que me sustentou nestes momentos de
extremo sofrimento foi se apegar a Deus pelas mãos de Nossa Senhora de
Lourdes, alcançar a cura física, muitas vezes passa pela cura emocional.
onde pude mergulhar na misericórdia de Deus.
Para que a oração de cura pela
enfermidade seja eficaz, é necessário “fé e confiança”, é necessário profunda
entrega. Nisso Nossa Senhora de Lourdes nos ajuda, pois ela como mãe e
mestra, nos leva a Jesus...
muita fé e devoção, acreditando que Jesus nos cura e liberta de todo mal.
estou doente?”, “O que fiz para merecer isso?”. Saiba que você está sensível,
estes sentimentos devem dar lugar a uma profunda paz interior. Em vez de
pensar porque estou sofrendo, pense: “Eu sei que sou amado por Deus!” .
seu coração, quero te ajudar neste processo...
Salmo 22 “O Senhor é meu pastor, nada me faltará”... repita isso algumas
vezes para você...
eu confio em vós...
momento e peça a Jesus que o toque com seu suave amor...
Lourdes para obter a cura das enfermidades.
enfermidades.
que vos dignastes aparecer a Bernadete,
no lugar solitário de uma gruta,
para nos lembrar que é no sossego e recolhimento
que Deus nos fala e nós falamos com Ele,
ajudai-nos a encontrar o sossego
e a paz da alma que nos ajude a conservar-nos
sempre unidos em Deus.
Nossa Senhora da gruta,
dai-me a graça que vos peço
e tanto preciso:

rogai por nós.
Amem
Chegou até o final do texto? Deixe o seu comentário, pedido de oração ou testemunho.
quinta-feira, 13 de setembro de 2018
Mensagem do Papa para Dia o Mundial do Enfermo 2018
Na íntegra
E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua»
(Jo 19, 26-27)
O sofrimento indescritível da cruz trespassa a alma de Maria (cf. Lc 2, 35), mas não a paralisa. Pelo contrário, lá começa para Ela um novo caminho de doação, como Mãe do Senhor. Na cruz, Jesus preocupa-Se com a Igreja e toda a humanidade, e Maria é chamada a partilhar esta mesma preocupação. Os Atos dos Apóstolos, ao descrever a grande efusão do Espírito Santo no Pentecostes, mostram-nos que Maria começou a desempenhar a sua tarefa na primeira comunidade da Igreja. Uma tarefa que não mais terá fim.
2. O discípulo João, o amado, representa a Igreja, povo messiânico. Ele deve reconhecer Maria como sua própria mãe. E, neste reconhecimento, é chamado a recebê-La, contemplar n’Ela o modelo do discipulado e também a vocação materna que Jesus Lhe confiou incluindo as preocupações e os projetos que isso implica: a Mãe que ama e gera filhos capazes de amar segundo o mandamento de Jesus. Por isso a vocação materna de Maria, a vocação de cuidar dos seus filhos, passa para João e toda a Igreja. Toda a comunidade dos discípulos fica envolvida na vocação materna de Maria.
4. Esta vocação materna da Igreja para com as pessoas necessitadas e os doentes concretizou-se, ao longo da sua história bimilenária, numa série riquíssima de iniciativas a favor dos enfermos. Esta história de dedicação não deve ser esquecida. Continua ainda hoje, em todo o mundo. Nos países onde existem sistemas de saúde pública suficientes, o trabalho das congregações católicas, das dioceses e dos seus hospitais, além de fornecer cuidados médicos de qualidade, procura colocar a pessoa humana no centro do processo terapêutico e desenvolve a pesquisa científica no respeito da vida e dos valores morais cristãos. Nos países onde os sistemas de saúde são insuficientes ou inexistentes, a Igreja esforça-se por oferecer às pessoas o máximo possível de cuidados da saúde, por eliminar a mortalidade infantil e debelar algumas pandemias.
Em todo o lado, ela procura cuidar, mesmo quando não é capaz de curar. A imagem da Igreja como «hospital de campo», acolhedora de todos os que são feridos pela vida, é uma realidade muito concreta, porque, nalgumas partes do mundo, os hospitais dos missionários e das dioceses são os únicos que fornecem os cuidados necessários à população.
5. A memória da longa história de serviço aos doentes é motivo de alegria para a comunidade cristã e, de modo particular, para aqueles que atualmente desempenham esse serviço. Mas é preciso olhar o passado sobretudo para com ele nos enriquecermos. Dele devemos aprender: a generosidade até ao sacrifício total de muitos fundadores de institutos ao serviço dos enfermos; a criatividade, sugerida pela caridade, de muitas iniciativas empreendidas ao longo dos séculos; o empenho na pesquisa científica, para oferecer aos doentes cuidados inovadores e fiáveis.
Esta herança do passado ajuda a projetar bem o futuro. Por exemplo, a preservar os hospitais católicos do risco duma mentalidade empresarial, que em todo o mundo quer colocar o tratamento da saúde no contexto do mercado, acabando por descartar os pobres. Ao contrário, a inteligência organizativa e a caridade exigem que a pessoa do doente seja respeitada na sua dignidade e sempre colocada no centro do processo de tratamento. Estas orientações devem ser assumidas também pelos cristãos que trabalham nas estruturas públicas, onde são chamados a dar, através do seu serviço, bom testemunho do Evangelho.
6. Jesus deixou, como dom à Igreja, o seu poder de curar: «Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: (…) hão de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados» (Mc 16, 17.18). Nos Atos dos Apóstolos, lemos a descrição das curas realizadas por Pedro (cf. At 3, 4-8) e por Paulo (cf. At 14, 8-11). Ao dom de Jesus corresponde o dever da Igreja, bem ciente de que deve pousar, sobre os doentes, o mesmo olhar rico de ternura e compaixão do seu Senhor. A pastoral da saúde permanece e sempre permanecerá um dever necessário e essencial, que se há de viver com um ímpeto renovado começando pelas comunidades paroquiais até aos centros de tratamento de excelência. Não podemos esquecer aqui a ternura e a perseverança com que muitas famílias acompanham os seus filhos, pais e parentes, doentes crónicos ou gravemente incapacitados. Os cuidados prestados em família são um testemunho extraordinário de amor pela pessoa humana e devem ser apoiados com o reconhecimento devido e políticas adequadas.
Portanto, médicos e enfermeiros, sacerdotes, consagrados e voluntários, familiares e todos aqueles que se empenham no cuidado dos doentes, participam nesta missão eclesial. É uma responsabilidade compartilhada, que enriquece o valor do serviço diário de cada um.
7. A Maria, Mãe da ternura, queremos confiar todos os doentes no corpo e no espírito, para que os sustente na esperança. A Ela pedimos também que nos ajude a ser acolhedores para com os irmãos enfermos. A Igreja sabe que precisa duma graça especial para conseguir fazer frente ao seu serviço evangélico de cuidar dos doentes. Por isso, unamo-nos todos numa súplica insistente elevada à Mãe do Senhor, para que cada membro da Igreja viva com amor a vocação ao serviço da vida e da saúde.
A Virgem Maria interceda por este XXVI Dia Mundial do Doente, ajude as pessoas doentes a viverem o seu sofrimento em comunhão com o Senhor Jesus, e ampare aqueles que cuidam delas. A todos, doentes, agentes de saúde e voluntários, concedo de coração a Bênção Apostólica.
Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo – de 2017.
Oração de um Papa diante a Nossa Senhora de Lourdes
NA INTRODUÇÃO À RECITAÇÃO DO ROSÁRIO
A água de Nossa Senhora de Lourdes, a protetora dos enfermos, água que cura o corpo e a alma.
Reze com Nossa Senhora de Lourdes
Nossa Senhora de Lourdes, em 1858, quis deixar em Lourdes um sinal visível de sua presença, e Santa Bernadete com toda a sua humildade e obediência foi canal para que este sinal acontecesse. A água milagrosa de Nossa Senhora de Lourdes é sinal da sua presença materna e acolhedora, presença que leva toda uma multidão de filhos aflitos a uma profunda experiência de fé e da misericórdia de Deus.
A fonte de água é o marco da mensagem de Lourdes. É sobretudo um sinal de purificação espiritual. Não se trata de um líquido mágico, com poderes curativos. Deus se serve desta água quando quer como instrumento visível para curas extraordinárias, demonstrando Sua presença neste lugar de abundantes graças. Nada mais.
No Novo Testamento, e em especial nos evangelhos, o tema da fé é algo significativo. Escutamos o próprio Senhor falar de sua importância muitas vezes, tal como em Lc 17,19: E disse-lhe Jesus: “Levanta-te e vai; a tua fé te salvou”. Se Deus fez por nós a maior parte, se servindo de um elemento comum como a água, como um dos canais por onde ele nos comunica a sua graça, cabe então a nós uma única resposta: a fé. A fé que nos impulsiona ao amor misericordioso de Deus. (Fonte: NSL.org).
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
Nossa Senhora de Lourdes, protetora dos enfermos
A devoção a Nossa Senhora de Lourdes, também denominação da Virgem Maria, começou após uma aparição em 11 de fevereiro de 1858, na então aldeia de Lourdes, região francesa dos Altos Pirineus. Na data, a jovem Bernadette Soubirous, ao apanhar lenha às margens do Rio Gave, viu na reentrância de um rochedo, pela primeira vez, a Virgem Maria. Foi a primeira de 17 aparições.
No local, foi construída uma igreja e brotou uma fonte de água considerada milagrosa. As curas conseguidas através do uso da água levaram, em 1862, o bispo de Tarbes a autorizar o culto a Nossa Senhora de Lourdes. O Santuário de Lourdes é um dos mais importantes centros de peregrinação católica do mundo.
terça-feira, 11 de setembro de 2018
Nossa Senhora de Lourdes, Padroeira dos enfermos, dos doentes do corpo e da alma!
Olá meu irmão, que bom que vocês chegaram aqui neste nosso espaço dedicado a Nossa Senhora de Lourdes Padroeira dos enfermos.
Muitos são os momentos em que passamos por diversas dificuldades na vida não é mesmo? Por isso resolvi hoje escrever este post “Nossa Senhora de Lourdes, Padroeira dos Enfermos, dos doentes do corpo e da alma”, é um titulo longo, mas que resume bem o motivo pela qual em 1858 Nossa Senhora a pareceu a Santa Bernadete, para nos lembrar que todos nós, num momento ou noutro, passamos por enfermidades, sejam elas físicas, emocionais ou espirituais.
Todos os anos, milhares e milhares de enfermos são levados a Lourdes, aos pés da Padroeira dos enfermos, muitos de lá saem curados de suas enfermidades físicas, experimentam no corpo o poder curador de Deus, mas uma coisa é certa, todos que lá vão, experimentam na alma uma sensação libertadora, onde a misericórdia de Deus, o seu amor libertador, sobressai a qualquer dor física, onde á luz da fé se compreende o sofrimento humano que é passageiro, pois estamos aqui de passagem, não é mesmo? Somos peregrinos, nosso lugar é o Céu!
Irmão, experimentar no corpo as dores físicas de uma doença, sem contar todo o sofrimento que vem acompanhado de alguns tratamentos, necessários para combater aquela doença, é algo totalmente desgastante emocionalmente, não é somente dor física, é dor do medo, das emoções desiquilibradas. Mas Nossa Senhora de Lourdes, nos mostra a face amorosa de Deus, a misericórdia de Cristo é a mensagem principal que Nossa Senhora de Lourdes, padroeira dos enfermos, veio nos trazer.
O mundo está doente! Olhemos a nossa volta, não há como negar! Por isso precisamos estar atentos a mensagem que Nossa Senhora de Lourdes veio nos trazer! Nossa Senhora de Lourdes, não é padroeira dos enfermos do corpo somente, mas da alma!
Se o seu coração dói, se você já não tem mais forças, parece que está a desabar, apegue-se a Nossa Senhora de Lourdes, faça a experiência de experimentar a misericórdia de Deus. Não tente encontrar respostas, como “Porque estou sofrendo?”, “o que fiz para merecer isso?”, faça a experiência do silencio, de contemplar a imagem de Nossa Senhora de Lourdes e dizer: Padroeira dos enfermos, rogai por nós, rogai por mim.
Reze a oração da Padroeira dos enfermos:
Ó Virgem puríssima, Nossa Senhora de Lourdes,
que vos dignastes aparecer a Bernadete,
no lugar solitário de uma gruta,
para nos lembrar que é no sossego e recolhimento
que Deus nos fala e nós falamos com Ele,
ajudai-nos a encontrar o sossego
e a paz da alma que nos ajude a conservar-nos
sempre unidos em Deus.
Nossa Senhora da gruta,
dai-me a graça que vos peço
e tanto preciso:
(pedir a graça)
Nossa Senhora de Lourdes,
rogai por nós.
Amem!
quarta-feira, 5 de setembro de 2018
Roteiro Homilético Liturgia 09/09/2018
Roteiros homiléticos
23º Domingo do Tempo Comum – 9 de setembro
Fonte Rita Maria Gomes, nj
I. Introdução geral
A comunidade cristã reconheceu em Jesus o Deus que vem para salvar o seu povo (cf. Mt 1,21). O encontro com Jesus, a quem somos chamados a seguir, restaura em nós a abertura a Deus e aos irmãos. Em Jesus, cada ser humano foi criado e predestinado a ser filho de Deus, a experimentar seu amor sem medida e a responder com obediência livre.
Essa obediência livre significa que assumimos uma relação com Deus que é mediada pelas nossas relações fraternas. Por isso, tal relação deve conduzir-nos ao compromisso pela vida e bem-estar de todos, especialmente dos mais pobres e necessitados, destinatários privilegiados da ação de Deus (Is 35,4) e de Jesus (Mc 7,31).
II. Comentários dos textos bíblicos
I leitura: Is 35,4-7a
O trecho do profeta Isaías é um sopro de esperança aos que estão desanimados. Pertence ao pequeno bloco apocalíptico de Isaías, capítulos 34 e 35. No primeiro, há o julgamento das nações; no segundo, uma promessa de salvação aos abatidos e desamparados relacionada ao retorno do povo de Israel do exílio, uma palavra de ânimo e de encorajamento à espera da vingança de Deus, de sua recompensa (v. 4).
Deus mesmo vem para salvar. E sua salvação se manifesta restaurando a criação: abrindo os olhos dos cegos, os ouvidos dos surdos; fazendo saltar os coxos e desatando a língua dos mudos; fazendo brotar água no deserto e torrentes na terra vazia; transformando em fontes de água a terra sedenta. Como no princípio, Deus realiza coisas maravilhosas!
O homem bíblico professa a sua fé no Deus criador e libertador. Acredita que a criação foi querida por Deus e que ela manifesta sua onipotência e bondade. E é esse Deus, anuncia o profeta, que vem para salvar (v. 4). Assim, esta primeira leitura é um convite à esperança, é um lembrete de que Deus não abandonou sua obra, mas se interessa por ela e continua seu ato criador. Como cantamos no salmo responsorial: o Senhor é fiel para sempre.
Evangelho: Mc 7,31-37
Em território pagão, além de curar a filha da mulher siro-fenícia (7,24-30) e multiplicar os pães (8,1-10), a segunda deste evangelho, Jesus cura um surdo-gago. O autor do Evangelho de Marcos fala da atividade de Jesus fora da terra de Israel. Sua fama o precedera, e trouxeram-lhe um homem surdo, que falava com dificuldade, pedindo-lhe que lhe impusesse a mão (v. 32).
Jesus conduziu-o para fora da multidão, pôs os dedos em seus ouvidos e, com a saliva, tocou-lhe a língua (v. 33), gestos que anunciam e significam o reconhecimento de quem era aquele homem, da sua peculiaridade, ele não era mais um em meio à multidão. O evangelista já havia anunciado que Jesus impunha as mãos sobre os doentes (6,5), mas os gestos descritos aqui são bastante específicos. Erguendo os olhos para o céu, ele suspira (v. 34), como em oração. E diz: “Efatá!” E o homem começou a ouvir e a falar sem dificuldade (v. 35).
O homem curado em um território pagão é sinal da salvação ofertada a todos. Tendo em vista a comunidade à qual se dirige, o evangelista responde à questão da posição dos pagãos na comunidade cristã. No entanto, o surdo-gago é metáfora do ser humano fechado a Deus, incapaz de ouvir sua Palavra e de louvá-lo, de relacionar-se com ele. Na profecia de Isaías, a abertura dos ouvidos era uma promessa-sinal da chegada de Deus para salvar o seu povo. Assim, faz todo sentido o imperativo “Abre-te!”.
Jesus recomendou-lhe com insistência que não falasse a ninguém sobre a cura, o que faz parte do projeto do evangelista, com seu artifício de manter o suspense sobre a pessoa de Jesus até a ressurreição (8,31). No entanto, a ordem de segredo era impraticável. O homem fora curado de sua incapacidade de ouvir e falar. E isso revela a identidade de Jesus: aquele que cumpre o que os profetas anunciaram (cf. Is 3,5-6). A exclamação conclusiva reconhece a realização dessas promessas e, ainda, expressa a relação de Jesus com o Criador, que realiza grandes feitos pela Palavra e fez bem todas as coisas (cf. Gn 1).
II leitura: Tg 2,1-5
A segunda leitura é uma homilia, estruturada em torno de um preceito: a fé cristã não deve admitir acepção de pessoas. Há um exemplo, uma situação descrita com riqueza de detalhes, muito fácil de ser imaginada por qualquer interlocutor daquele tempo e de nossos dias, e um questionamento sobre o que sabem sobre Deus e seu projeto salvífico.
O autor da carta de Tiago exorta seus leitores a não tratar de modo diferente e segundo os próprios critérios os irmãos, mas a agir como Deus, que não faz acepção de pessoas (cf. Dt 10,17; Rm 2,11). Aqui, a diferenciação não se dá entre judeus e pagãos, como no evangelho, mas entre pobres e ricos. Olhando para a práxis de Jesus, a comunidade é convidada a romper as fronteiras que separam os irmãos unidos pela mesma fé. O questionamento sobre Deus e sua preferência pelos pobres deste mundo (v. 5) – declarados por Jesus “bem-aventurados” (Mt 5,1-12) –, deve repercutir também na vida da comunidade reunida em seu nome.
III. Pistas para reflexão
“Ele tem feito bem todas as coisas: aos surdos faz ouvir e aos mudos falar” (v. 37). Essa era a declaração dos que testemunharam a cura do surdo-gago. A vida de Jesus suscita admiração, chama a atenção pelo modo como age e se relaciona com o Pai e com as pessoas.
Sua relação com o Pai era marcada pela confiança, pela oração, pela obediência e pela liberdade. Sua relação com as pessoas fundamentava-se na lucidez sobre sua missão e na consciência de que cada ser humano é chamado a ser filho de Deus – uma dignidade inalienável, a mesma que Jesus assumiu e experimentou em toda a sua vida. Ele anunciava a chegada do Reino de Deus, categoria usada para pensar e exprimir o desejo, o querer de Deus desde a criação, e realizava milagres, manifestação plena da proximidade desse Reino. Deus vem para a humanidade!
O cristão, discípulo de Jesus, também é chamado a viver essa relação com o Pai e com os irmãos. No evangelho, acompanhamos Jesus em sua caminhada fora do território de Israel, realizando sua missão de proclamar a chegada do Reino também entre os pagãos. A cura do surdo-gago é sinal de que, em sua vida, Jesus comunicou a novidade divina, revelando o Deus interessado no ser humano e o humano aberto a Deus e aos outros. O homem que outrora era surdo e gago é imagem do discípulo, cuja vida, após o encontro com Cristo, é anúncio e sinal da salvação realizada por Deus.
O encontro com o Senhor deve reorientar nossa vida e nossos valores. Cabe avaliarmos se tal experiência é capaz de modificar nossa vida a ponto de sermos contagiados por tamanha entrega, fé e confiança no Pai, mas também pelo amor, comprometimento, doação e serviço aos nossos irmãos.